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O PAPEL DA ATIVIDADE EXPERIMENTAL

A atividade experimental é um dos instrumentos chave no processo de aprendizagem cientifica, pois evidência uma série de potencialidades da experimentação, tanto qualitativa quanto quantitativa, ao promover, nos alunos, a curiosidade, discussões e reflexões, bem como, desenvolver hipóteses e um espírito crítico ao se analisar os resultados e expressá-los corretamente.
As práticas experimentais habituais vêem contrapor-se, de certa forma, como o parágrafo anterior, visto que, não exploram as potencialidades da experimentação no ensino cientifico. Vista como uma solução para um ensino puramente teórico e para o constante desinteresse dos alunos no aprendizado cientifico, os laboratórios são desenvolvidos de modo mecânico, onde é dado ao aluno o procedimento a ser desenvolvido como uma receita de bolo.
Em debates nos cursos de formação de professores, vê-se que estes concordam que o desenvolvimento de um laboratório de simples manipulação contribui, por ação ou por omissão, para o desenvolvimento de uma visão distorcida e empobrecida do ensino cientifico.
O desenvolvimento de um laboratório cientifico onde se segue um guia detalhado, contribui para uma visão rígida, algorítmica e fechada da ciência, inibindo, totalmente, as potencialidades do processo. É importante ressaltar que, mesmo que o laboratório experimental encontre dificuldades para seu desenvolvimento, não é somente a quantidade de experiências desenvolvidas que contribuem para o aprendizado significativo, a escolha de um tema que contextualize com a realidade dos alunos e o desenvolvimento de procedimentos experimentais com o auxilio dos mesmos promovem a inserção destes no problema, caracterizando a prática qualitativamente.
O desenvolvimento de práticas experimentais que visem à investigação do processo por parte dos alunos faz-se necessária para substituir o modelo habitual com guias de procedimentos, não constituindo uma investigação meramente experimental, mas também, uma prática que integra outros aspectos da atividade cientifica igualmente essenciais.
Desta forma, visando à construção de um laboratório investigativo, agrupou-se em 10 seções, sugestões para o desenvolvimento deste:




1. Apresentar situações problemáticas abertas em nível de dificuldade adequada, visando com o que os alunos tomem decisões precisas, reduzindo de uma situação geral para uma situação específica;
2. Promover uma reflexão em conjunto com os alunos sobre a relevância do problema proposto e possíveis situações de interesse, contextualizando-o;
3. Valorizar a analise qualitativa que ajudem a compreender as situações estudadas, promovendo questionamentos sobre o que se busca;
4. Promover a formulação de hipóteses sobre o problema com o objetivo de promover a investigação cientifica, explorando as pré-concepções que os alunos possuem sobre o assunto abordado;
5. Dar plena importância ao desenvolvimento das concepções e planejamento da atividade experimental em conjunto com os alunos, contextualizando-a no universo em que o aluno esta inserido;
6. Promover análise cuidadosa dos resultados, levando-se em consideração os conhecimentos teóricos, as hipóteses fundamentadas e a comparando com outros resultados obtidos para o mesmo problema;
7. Promover considerações sobre outras perspectivas e evidenciar as implicações do estudo;
8. Promover a ligação entre o estudo e outras áreas do conhecimento, evidenciando a interdisciplinaridade do problema;
9. Desenvolver relatórios científicos que visem à reflexão do trabalho realizado podendo servir como base para destacar o papel da comunicação e do debate cientifico;
10. Reforçar a dimensão coletiva do trabalho cientifico;





Escrito por Anderson Alves da Silva

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